A cultura na Suíça caracteriza-se por uma grande diversidade, associada às quatro regiões linguísticas. Da arquitetura à arte, dança e literatura; como um país cosmopolita, a Suíça é um caldeirão de diversas culturas.
Produção cultural na Suíça
Os produtos de design suíço, como o mundialmente conhecido canivete, a fonte "Helvetica" ou o relógio Swatch, caracterizam-se pela qualidade, precisão e design atemporal. Como terreno fértil para a arquitetura, a Suíça pode se gabar de muitos arquitetos famosos, como Le Corbusier, Mario Botta ou Herzog e de Meuron. Várias eras artísticas também foram influenciadas por pintores e escultores suíços, sendo os mais famosos Ferdinand Hodler, Paul Klee, Alberto Giacometti e Jean Tinguely.
O patrimônio literário da Suíça é rico nos quatro idiomas nacionais. Entre os autores literários mais importantes estão Max Frisch, Friedrich Dürrenmatt, Jean-Jacques Rousseau e Johanna Spyri. A música também é muito diversificada, variando de música folclórica, música clássica, jazz, baladas e pop/rock a um animado estilo em dialetos locais. A dança vai desde o clássico ao contemporâneo e está bem estabelecida, com 300 companhias profissionais. Notável é a alta densidade de museus, que são visitados pelo menos uma vez por ano por 70% da população.
A cinematografia suíça é dominada por filmes documentários. Foram atribuídos prêmios internacionais, entre outros, ao documentário "More than Honey" e ao filme de longa metragem "A Viagem da Esperança". A tradição das artes cênicas na Suíça é muito longa e vívida - seus grandes teatros são, inclusive, usados por países vizinhos da mesma área linguística.
Design
Os produtos de design suíço se caracterizam pela funcionalidade, precisão e confiabilidade, combinadas com uma estética minimalista. Mobiliário, relógios, fontes e objetos do cotidiano tornaram-se ícones atemporais.
Entre os clássicos do design suíço está a fonte "Helvetica", que foi desenvolvida em meados do século 20. Devido à sua boa legibilidade, ela continua presente em cartazes, menus e placas de sinalização em todo o mundo. Outro clássico é o descascador Rex: fabricado de forma ergonômica com apenas 20 g de alumínio e com uma lâmina muito afiada e flexível, pode ser utilizado para descascar batatas e legumes com extrema rapidez. Desde sua invenção em 1947, 2 a 3 milhões de exemplares são vendidos anualmente, 60% dos quais são exportados para 22 países. Os ícones contemporâneos incluem bolsas de ombro sustentáveis da Freitag, feitas de lona de caminhão, e as cápsulas Nespresso da Nestlé. Outro fato bastante surpreendente é a Suíça ter se tornado um dos lugares mais importantes na cena do design de videogames.
Existem três escolas principais de design na Suíça, localizadas em Genebra, Zurique e Lausana. Além de dois museus de design - o Museu de Design e Arte Aplicada (mudac) em Lausana e o Museu de Design em Zurique. O Escritório Federal da Cultura concede a cada ano três grandes prêmios suíços de design e cerca de vinte prêmios na área do design.
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Arquitetura
O cenário arquitetônico da pequena Suíça caracteriza-se pela sua amplitude e variedade e pelo seu rico patrimônio cultural. Alguns dos arquitetos contemporâneos ganharam fama mundial.
Le Corbusier, também conhecido como Charles Edouard Jeanneret, foi pioneiro da arquitetura moderna por volta de 1920, na época das teorias Bauhaus, ganhando fama mundial. Os seus edifícios mais importantes são a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, a Cité Radieuse em Marselha e quase toda a cidade indiana de Chandigarh. A capital da parte indiana de Punjab, fundada em 1952, foi completamente reconstruída, sendo concluída em parte após a morte de Le Corbusier. O complexo governamental é classificado como Patrimônio Mundial da UNESCO, com 16 outras obras de Le Corbusier.
Nos últimos anos, obras de Mario Botta, Jacques Herzog, Pierre de Meuron, Peter Zumthor e Bernard Tschumi deram o que falar. Mario Botta é considerado o fundador da "Nova arquitetura de Tessino", com o seu amor pela pedra natural e pelo tijolo.
Entre os arquitetos mais renomados do mundo dos tempos modernos está a dupla Herzog e de Meuron. Eles projetaram o Tate Modern em Londres, a Allianz Arena em Munique, o edifício Roche em Basileia e o Estádio Olímpico em Pequim, que também é chamado de "ninho de pássaro" devido à sua arquitetura.
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Pintura e escultura
Pintores e escultores suíços deixaram a sua marca no romantismo, na era Bauhaus e na arte surrealista. Entre os artistas internacionais mais conhecidos estão os pintores Ferdinand Hodler e Paul Klee, bem como os escultores Alberto Giacometti e Jean Tinguely.
Nos séculos 18 e 19, a pintura se concentrava na paisagem e no romance. Ao final do século 19 e no início do século 20 começou a transição para o modernismo artístico. Os pintores mais famosos deste período são Ferdinand Hodler, Arnold Böcklin e Albert Anker. No final da Primeira Guerra Mundial foi fundado o movimento vanguardista "Dada", que inclui o casal Hans Arp e Sophie Tauber-Arp. O Dadaísmo é considerado precursor do estilo Bauhaus, que se reflete nas obras de Paul Klee, um ícone da arte moderna europeia
Em meados do século 20 desenvolveu-se a arte concreta e abstrata e os estilos hiper-realista e surrealista, com artistas como Max Bill, Franz Gertsch, Meret Oppenheim e o litógrafo Hans Erni. Este último recebeu a medalha da paz das Nações Unidas e criou, entre outras obras, o mural "Ta Panta Rei", na entrada do Palais des Nations, em Genebra. Nesta época também estavam em cena escultores, como Jean Tinguely com suas máquinas cinéticas feitas de componentes metálicos, sua esposa Niki de Saint Phalle, com suas figuras enormes e exuberantes de mulheres, e Alberto Giacometti com suas figuras humanas de bronze extralongas. As obras de Alberto Giacometti são as mais famosas e também as mais valiosas: três das suas figuras obtiveram os preços mais altos do mundo já pagos por esculturas num leilão público. Além disso, duas de suas pinturas atingiram os preços mais altos já pagos por uma pintura de um artista suíço.
No fim do século 20, uma nova geração de artistas surgiu na Suíça: John Armleder, Roman Signer, Pipilotti Rist, Thomas Hirschhorn e Ugo Rondinone, entre outros. Eles trabalham principalmente com vídeo, colagens, objetos e arte de instalação. Um gênero especial foi o do artista de Bünden, H.R. Giger: ele criou as figuras góticas e monstros extraterrestres que podem ser vistos no filme "Alien", o que lhe rendeu um Oscar em 2014.
Existem escolas de arte em muitas cidades suíças. As maiores e mais renomadas faculdades de artes estão na Basileia, Zurique, Lucerna, Genebra e Lausana.
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Literatura
Não há uma, mas quatro tradições literárias na Suíça. Isso porque o país é o lar de autores das línguas alemã, francesa, italiana e romanche. Entre os autores literários suíços mais importantes estão Max Frisch, Friedrich Dürrenmatt, Jean-Jacques Rousseau e Johanna Spyri.
a literatura clássica da língua alemã, os autores mais conhecidos são Max Frisch, com "Homo Faber", e Friedrich Dürrenmatt, com "Besuch der alten Dame". As obras de Dürrenmatt continuam sendo lidas em todo o mundo até os dias de hoje, com reprodução em peças, filmes, musicais da Broadway e também em quadrinhos chineses.
O livro infantil "Heidi" é um dos mais populares de todos os tempos: escrito em 1880 por Johanna Spyri, foi traduzido para mais de 50 idiomas, vendeu milhões de exemplares e foi filmado várias vezes. Um livro infantil da Suíça também tem sucesso internacional nos tempos modernos: a série de livros de imagens de Marcus Pfister "Peixinho do arco-íris" já foi traduzida em 50 idiomas, vendeu 30 milhões de cópias e virou filme. Autores suíços contemporâneos de língua alemã incluem Peter Bichsel, Martin Suter, Urs Widmer, Eveline Hasler, Franz Hohler e a geração mais jovem, com Thomas Hürlimann, Melinda Nadj-Abonji, Peter Stamm e Lukas Bärfuss.
Em francês, o filósofo do Iluminismo Jean-Jacques Rousseau do século 18 publicou obras de grande importância, como "O contrato social". No início do século 19, apareceram obras de Charles Ferdinand Ramuz, descrevendo a vida dura na zona rural da Romandia como "La grande peur dans la montagne". O século 20 revelou autores literários como Jacques Chessex, Maurice Borgeaud, Maurice Chappaz, Agota Kristof, S. Corinna Bille e Alice Rivaz. Entre os jovens autores de sucesso do presente está Joël Dicker, cujo romance "A verdade sobre o caso Henry Quibert" foi filmado em uma produção norte-americana como uma série de TV em 2018.
A literatura da Suíça italiana é caraterizada por escritores como Francesco Chiesa, Piero Bianconi, Ugo Canonica ou Giorgio Oelli. Os autores mais importantes do cantão de língua romanche Grisões são Selina Chönz, Cla Biert, Gion Deplazes, CLO Duri Bezzola e o compositor Linard Bardill.
O Escritório Federal da Cultura concede dois "Grandes Prêmios de Literatura Suíça" e cinco a sete prêmios literários suíços por ano. Os Dias da Literatura de Solothurn servem como fórum para a produção literária suíça uma vez por ano, em junho.
O mundo literário suíço, myswitzerland
Friedrich Dürrenmatt, de Emmental para a Broadway, houseofswitzerland (en)
Filmes e cinema
A cinematografia suíça se destaca internacionalmente, principalmente pelos seus documentários. Foram concedidos prêmios internacionais para os filmes "More than honey" e "A viagem da esperança". Na Suíça, filmes como "Heidi", "Os reis da travessura" ou "Minha irmã" tiveram grande sucesso nos últimos anos. Entre os cineastas de grande sucesso internacional estão o roteirista e produtor Arthur Cohn, várias vezes vencedor do Oscar e com uma estrela na "Walk of Fame", bem como o diretor Marc Foster, com o seu filme Bond "Quantum of Solace".
A caraterística típica do filme suíço é a visão altamente descritiva, muitas vezes crítica da vida na Suíça. A produção cinematográfica do século 20 pode ser dividida em quatro épocas principais: Os filmes mudos suíço-alemães (1915–1919), os filmes mudos suíços ocidentais (1919–1924), os filmes clássicos no período entre guerras e pós-guerra (1930–1964) e os filmes contemporâneos (a partir de 1964). Na década de 1960, estabeleceu-se uma nova estética do filme, mais orientada para a realidade. Na vanguarda deste movimento estavam os cineastas suíços ocidentais Alain Tanner, Claude Goretta e Michel Souter.
Vários filmes de longa metragem atraíram atenção internacional, como “Les petites fugues” de Yves Yersin (1979), “Fazedor de suíços” de Rolf Lyssy (1978) e “Höhenfeuer” de Fredi M. Murer (1985). O filme de Xavier Koller "A viagem da esperança" foi premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1991. No campo dos documentários, “Fotógrafo de Guerra” (2002) de Christian Frei foi indicado para o Oscar e Markus Imhoof recebeu prêmios em vários países por “More than honey” (2012), que foi considerado o melhor documentário suíço de todos os tempos.
O filme de cinema suíço de maior sucesso entre o público local é de longe "Fazedor de suíços" (1978): uma sátira da prática de naturalização suíça, na qual os estrangeiros devem se apresentar às autoridades de naturalização mais suíços do que os próprios suíços. Jean-Stéphane Bron também recebeu atenção internacional com os filmes "Le Génie helvétique" (2003) e "L'Experience Blochre" (2013), Ursula Meier com os filmes "O lar" (2008) e "Minha irmã" (2012) e mais uma vez Xavier Koller com o filme "Os irmãos negros" (2013). O remake de Alain Gesponer do clássico livro infantil "Heidi" (2015) desenvolveu-se num dos filmes suíços de maior sucesso, tanto a nível nacional como internacional.
O cinema suíço é apoiado financeiramente pelo setor público (governo federal e cantão), pela companhia suíça de rádio e televisão SRG-SSR, fundações, empresas e particulares. A organização Swiss Films é responsável pela promoção do filme suíço e sua distribuição internacional. Desde 1998, o Prêmio do Cinema Suíço é concedido anualmente pelo Governo Federal. Na Suíça são realizados muitos festivais de cinema regulares; os principais ficam em Locarno, Nyon, Solothurn, Neuenburg e Zurique.
Filmes suíços (en)
"Uma breve e emocionante história do cinema suíço", houseofswitzerland (en)
Música
A cena musical suíça é extremamente diversificada e abrange as quatro línguas do país, inglês e dialetos. Embora a música folclórica seja particularmente popular nas áreas rurais, os estilos musicais modernos são de grande importância em toda a Suíça.
Música folclórica e baladas
A música folclórica suíça tradicional inclui o Iodelei, bem como os instrumentos trompa alpina, schwyzerörgeli (tipo de acordeão) ou hackbrett (dulcimer). Inúmeros conjuntos, grupos de sopro, corais e formações regionais continuam a cultivar música folclórica em todas as regiões da Suíça e se apresentam regularmente em festivais folclóricos na Suíça e nos países vizinhos. O maior evento na Suíça é o festival suíço de música folk, que acontece a cada quatro anos com dezenas de milhares de participantes. Uma forma moderna de música folclórica é a balada, que agora é interpretada como uma balada pop. As estrelas mais conhecidas fora do país são Leonard, Francine Jordi e Beatrice Egli.
Música clássica e ópera
Quase todas as principais cidades suíças têm orquestras clássicas. As orquestras mais importantes de hoje são a Tonhaleorchester, em Zurique, e a Orchestre de la Suisse Romande, em Genebra. Sob a direção de seu fundador, compositor e maestro Ernest Ansermet, esta última contribuiu para a difusão da cultura musical moderna na Suíça. Outros compositores e maestros de renome internacional são Othmar Schoeck, Frank Martin e Arthur Honegger, cujo retrato já adornava a nota de 20 francos. Muitas cidades suíças têm os seus próprios palcos de ópera, dos quais os de Zurique e Genebra gozam de uma reputação muito além das fronteiras nacionais. Todos os anos, festivais de música clássica acontecem em todas as partes do país.
Rock, pop, jazz, música eletrônica, hip-hop
Alguns artistas suíços foram influentes no seu gênero, por exemplo, a dupla de Zurique Yello, no topo da cena eletrônica, o versátil músico George Gruntz (1932-2013) na cena de jazz europeia e o grupo Sens Unik no movimento francófono do hip-hop. Músicos e grupos de sucesso das últimas décadas incluem o artista de world music e vencedor do Grammy, Andreas Vollenweider, as bandas de hard rock Krokus e Gotthard, os cantores Stephan Eicher e Michael von der Heide, DJ Bobo, DJ Antoine, o rapper Stress e o músico de jazz Erik Truffaz. A geração jovem, bem-sucedida além das fronteiras nacionais inclui Sophie Fome, Bastian Baker, Anna Rossinelli, Stefanie Heinzmann, Luca Hänni e Ilira. Com sucesso internacional, mas pouco conhecida nacionalmente é a banda Eluveitie, que toca folk metal com instrumentos históricos e canta em celta.
Os grandes sucessos mundiais da Suíça, que ainda são tocados hoje em dia, incluem "The captain of her heart" de Double e "On my way in L.A." de Phil Carmen, bem como o agito "Ententanz" de Werner Thomas. A canção "Comme d’habitude" dos compositores Jacques Revaux e Claude François foi o modelo para a sempre atual "I did it my way" do americano Frank Sinatra.
Todos os anos, em março, os músicos mais bem-sucedidos são premiados com o Swiss Music Awards.
A música de Suíça, myswitzerland
Estes 5 grupos marcaram o rock suíço, houseofswitzerland (en)
A música eletrônica suíça, houseofswitzerland (en)
Os grupos de sopro suíços têm sua própria música, houseofswitzerland (en)
Dança
Na Suíça há uma cena de dança clássica e contemporânea muito diversificada.
A dança como expressão artística estabeleceu-se pela primeira vez no balé clássico na Suíça, graças, em particular, aos numerosos dançarinos e coreógrafos que firmaram residência na Suíça durante o período da I e II Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, começou a se espalhar a dança livre, que passou a ser praticada no início do século 20 por dissidentes no Monte Verità. Hoje, influências de todo o mundo podem ser encontradas na cena de dança suíça.
Existem atualmente cerca de 300 companhias de dança profissionais na Suíça, seis das quais são institucionais em teatros. As quatro companhias clássicas de balé estão localizadas em Basileia, Zurique, Genebra e Lausana. Obras de renome internacional foram produzidas pelo Zürcher Ballett, o Béjart Ballet em Lausana, a companhia Philippe Saire e os coreógrafos Heinz Spoerli, Gilles Jobin e a artista Maria Ribot.
Existem vários festivais de dança na Suíça, como o festival de dança "Steps" a cada dois anos com excursões de companhias nacionais e internacionais, ou os Swiss Dance Days com locais alternados. Todos os anos, são realizados o festival de dança em Berna e os Dias de Dança Olten, o festival multidisciplinar de La Bâtie em Genebra, o espetacular Teatro de Zurique e o Festival de Teatro de Basileia. Um evento especial é o Festival de Dança, que acontece simultaneamente em cerca de 30 locais em todo o país: composto de cursos, apresentações públicas e festas de dança, permite aos profissionais da dança um intercâmbio cultural e à população em geral uma abordagem participativa da diversidade da dança.
Prêmio de Lausana, lançado em 1973, é um prêmio anual para jovens e promissores talentos de dança de todo o mundo. Bolsas de estudo são concedidas para treinamento em companhias de renome, o que já serviu como trampolim para várias estrelas. Desde 2021, todos os anos o Escritório Federal da Cultura concede prêmios suíços de dança sob a alçada das artes cênicas. Anualmente, cerca de 60 alunos completam um treinamento vocacional básico de quatro anos como dançarino(a) de palco com certificado federal de proficiência em dança clássica, dança contemporânea ou musical.
Associação de profissionais da dança, companhias de dança, dansesuisse (en)
Prix de Lausanne (en)
Museus
A Suíça tem uma das maiores densidades de museus do mundo, com mais de 1000 museus de todos os tipos, um terço dos quais regionais ou locais. Cerca de 70% das pessoas na Suíça visitam um museu pelo menos uma vez por ano, que é mais do que ir ao cinema. A maioria dos ingressos são vendidos pelos museus de arte, seguidos pelos museus históricos.
Existem importantes coleções de arte em todas as cidades principais, especialmente em Basileia: o Kunsthalle Basel para arte contemporânea e o Kunstmuseum Basel para arte clássica, bem como coleções privadas (a Fundação Beyeler e o Museu Tinguely). O Zurich Kunsthaus, o Musée d'art et d'histoire, em Genebra, e o Museu de Arte de Berna abrigam obras-primas de pintura dos séculos 16 a 21. Em Berna, o Paul Klee Center fica em um prédio futurista projetado pelo arquiteto Renzo Piano.
Os museus mais populares e visitados da Suíça incluem o Museu de Transportes de Lucerna, o Museu do Chocolate Maison Cailler em Broc e o Castelo de Chillon em Montreux. Nas últimas décadas, cada vez mais produtores de chocolate têm seguido a tendência de abrir o seu próprio museu com facilidades de degustação e cursos de chocolate: o maior é o Lindt Home of Chocolate em Kilchberg, com a sua fonte de chocolate de nove metros de altura.
Único na Suíça é o museu ao ar livre Ballenberg em Brienz, onde foram construídas mais de 100 casas de fazenda tradicionais de todas as partes do país. Nas casas e com a ajuda de demonstrações artesanais, pode-se simular a vida do povo dos séculos passados.
O maior museu de relógios do mundo, o Musée international d'horlogerie em La Chaux-de-Fonds, ilustra a história da medição do tempo com exposições de marcas bem conhecidas, desde o relógio solar até o relógio atômico.
O Museu Nacional Suíço é composto por 3 casas de exposições: o Museu Nacional Suíço de Zurique, o Castelo Prangins (cantão Vaud) e o Fórum de História Suíça Schwyz. As instituições preservam objetos do passado de todas as épocas e regiões do país.
A plataforma dos museus suíços (en)
Museu nacional suíço (en)
Teatro
Nas quatro regiões linguísticas, a Suíça tem longa e vivaz tradição teatral, que se orienta também aos países vizinhos da mesma área linguística. Vários grandes teatros gozam de uma reputação que se estende muito além das fronteiras nacionais. Isto deve-se, em particular, a dramaturgos como Friedrich Dürrenmatt e Max Frisch, que influenciaram significativamente o teatro contemporâneo. Além dos teatros da cidade, uma grande cena independente e os muitos teatros folclóricos e amadores contribuem para a variedade do teatro.
Entre os mais importantes teatros da Suíça alemã estão o Schauspielhaus e a Opernhaus Zürich, bem como os teatros municipais de Basileia, Berna, Lucerna, St. Gallen e o teatro para atuação de visitantes de Winterthur. Na Suíça francesa são notáveis o Grand Théâtre e a Nova Comédia em Genebra, os teatros de Carouge e Vidy em Lausana. Em Tessino, tem renome o teatro construído pelo famoso palhaço Dimitri e a academia associada. No verão, existem festivais de teatro, como o espetáculo de teatro em Zurique, o Festival de Teatro de Basileia, o Festival Internacional Bollwerk em Freiburgo e o Festival de la Bâtie em Genebra. Todos os anos, em locais alternados, realiza-se o Encontro do Teatro Suíço, que mostra sete produções e reúne a cena do teatro nacional com um programa de apoio.
O grupo de teatro com máscaras Mummenschanz ganhou fama internacional com seu estilo único de pantomima e se apresentou por três anos na Broadway, entre outros.
Entre os atuais diretores de teatro mais influentes está Christoph Marthaler, vencedor do prestigioso prêmio Ibsen International e do Hans Reinhart Ring 2011. Outros diretores contemporâneos de renome internacional incluem Robert Bouvier, Barbara Frey, Omar Porras, Milo Rau ou Jossi Wieler, bem como Daniele Finzi Pasca.
Desde 2021, todos os anos o Escritório Federal da Cultura concede os prêmios suíços de teatro sob a alçada das artes cênicas
Teatro popular
Peças individuais do século 19, como os “Tellspiele” são apresentadas a cada ano em Altdorf e Interlaken. No impressionante pátio do Mosteiro Einsiedeln, o barroco "O Grande Teatro do Mundo" de Calderón é apresentado aproximadamente a cada cinco a dez anos. O Théâtre du Jorat continua a apresentar o seu repertório de teatro folclórico no histórico teatro de festivais de madeira em Mézieres.